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Saúde Mental: Um Compromisso de Todos

24 de abril

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde mental como um estado de bem-estar que permite às pessoas lidarem com os momentos estressantes da vida, desenvolverem suas habilidades, aprenderem e trabalharem adequadamente, além de contribuírem para a melhoria de suas comunidades.

Saúde mental não se limita apenas ao que sentimos individualmente. Diversos fatores devem ser considerados como determinantes do bem-estar, inclusive o ambiente ao nosso redor. Ou seja, saúde mental não é algo isolado — ela possui características biopsicossociais.

Após a pandemia, houve um aumento significativo nos sintomas de ansiedade e depressão em nível global, o que torna imprescindível a ampliação dos serviços de assistência à saúde mental.

Em março de 2024, foi sancionada a Lei nº 14.831/2024, que reconhece empresas que promovem a saúde mental de seus colaboradores. No entanto, ela ainda precisa ser regulamentada pelo Governo Federal para, então, ser aplicada nas empresas. Essa lei tem o potencial de fortalecer as políticas públicas já existentes, que muitas vezes não dão conta de atender plenamente à população nas áreas de psiquiatria e psicologia.

Apesar de ainda ser um tabu para grande parte da população falar sobre saúde mental — o que muitas vezes afasta as pessoas dos serviços por vergonha ou falta de apoio —, esses tabus precisam ser quebrados. E as empresas podem ter um papel fundamental nesse processo.

É essencial criar dispositivos no ambiente de trabalho que possibilitem a implantação de programas de promoção da saúde mental, bem como o acesso a recursos de apoio psicológico e psiquiátrico para os colaboradores, promovendo um ambiente mais seguro e saudável.

E individualmente, o que cada um de nós tem feito ao perceber algum sinal ou sintoma diferente no dia a dia? Muitas vezes, evitamos observar, pois isso implica reconhecer que algo pode estar errado e que é necessário tomar alguma providência.

Lembra da ginasta Simone Biles, que desistiu de competir nas finais das Olimpíadas de 2020, em Tóquio, por conta de sua saúde mental? Durante a execução de um salto, ela sentiu bloqueios mentais — esse foi o gatilho que a fez perceber suas dificuldades e agir. Agir, nesse caso, foi escolher não seguir na competição.

Quantos de nós, ao ouvir essa história, pensamos: “Será que ela precisava desistir? Não poderia ter continuado até o fim?” É difícil colocar-se no lugar do outro. Quantos de nós agiríamos como ela? Certamente, sua atitude fez muitos atletas repensarem naquele momento. E não deve ter sido nada fácil tomar essa decisão. Mas não somos super-humanos, e é fundamental compreender e respeitar os limites internos de cada um, independentemente dos julgamentos externos.

Alguns hábitos importantes para cultivar e manter nossa saúde mental:

  • Tenha uma rotina saudável. O sono é um grande aliado da saúde mental. Estabeleça horários regulares e busque uma boa qualidade de sono.

  • Pratique exercícios físicos.

  • Conviva com pessoas queridas e dedique tempo de qualidade a quem você ama — isso ajuda a reduzir o tempo excessivo nas redes sociais.

  • Invista em uma alimentação saudável, com alimentos naturais como frutas, legumes, vegetais, grãos e proteínas.

  • Reserve momentos de descanso para o corpo e a mente.

  • Realize atividades prazerosas para aliviar o estresse.

  • Exponha-se ao sol — a vitamina D, adquirida por meio de caminhadas, auxilia na manutenção do bom humor.

  • Respeite seus limites e garanta que suas necessidades estejam sendo atendidas.

  • Aprenda a dizer “não” sem culpa.

  • Busque ajuda profissional não apenas em momentos de crise. A terapia tem função preventiva e ajuda a compreender melhor seus processos psíquicos, atuando antes que os problemas se intensifiquem.

Nara Pontalti Paraboni
CRP 07/04853

 

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